Estudos comprovam a necessidade da inclusão das novas tecnologias na educação afirmando que o sucesso dessa inclusão está condicionado à forma de utilização. Grégoire, Bracewell & Laferrière (1996) apresentam dados de pesquisas que comprovam os efeitos positivos das novas tecnologias de informação e comunicação na educação. E. Kintsch et al. (1995) também apresenta um estudo de casos de instrução em multimídia bem sucedida reafirmando a necessidade e a urgência da utilização das novas tecnologias na educação. Os educadores não podem continuar utilizando somente as ferramentas de 20, 30 anos atrás. A educação requer um profissional que se atualize, renove conhecimentos e inclua as novas possibilidades existentes em suas atividades, no momento atual, tendo em vista a facilitação do trabalho com os alunos.
Paulo Freire (1984 a, p. 1) afirma em seu artigo inédito publicado na revista BITS em 1984: “Faço questão enorme de ser um homem de meu tempo e não um homem exilado dele”. O autor expressa a necessidade de constantes inovações das pessoas, na procura de atualizações para que não sejam excluídas do mundo.
Assim, o nosso tempo é o presente. Os educadores precisam, no dia a dia, buscar as alternativas que são oferecidas para a facilitação do complexo processo educacional. Serem mais exigentes com o poder público, no que diz respeito à gestão das escolas. Precisamos de gestores competentes e capazes de agir, decidir e interferir quando necessário na condução da política educacional.
No caso específico da Inclusão de Novas Tecnologias na Educação, começamos por um colegiado atuante e que se preocupe de fato com a escola. Ele deve buscar a infra-estrutura necessária para que a escola tenha uma sala de informática adequada, com rede elétrica segura, acesso a Internet, segurança, para dar condições ao educador de trabalhar com seus alunos.
Os educadores não podem ficar alheios às mudanças, tentando ignorar os avanços tecnológicos que passaram a integrar nosso cotidiano. Desde o início do trabalho no NTE – Núcleo de Tecnologia Educacional, no final da década de 90, em diversas ocasiões, pôde se ouvir de vários educadores que estavam prestes a se aposentar e que não pretendiam tomar conhecimento da informática, “Isto é tarefa para iniciantes”, diziam eles. Pode-se afirmar que, ainda existem muitos educadores com este pensamento, com posicionamentos preocupantes em relação ao conhecimento das tecnologias.
Acredita-se que o profissional tem que atualizar-se sempre. Eles devem integrar o novo em qualquer época de sua vida, favorecendo-o no campo pessoal e profissional, permitindo assim seu desenvolvimento e melhor entendimento de sua realidade.
Considera-se importante integrar as inovações tecnológicas na vida diária, devendo-se também buscar a união deste grande aliado no trabalho do educador. As pessoas do nosso tempo precisam aliar-se as inovações tecnológicas a fim de facilitar, inovar, buscar novas possibilidades de construção do aprendizado. Há de se preocupar com a formação continuada.
Percebe-se, então, que cada vez mais as transformações produzidas pela ciência e tecnologia geram influências no trabalho do profissional, que hoje precisa buscar conhecimentos das ferramentas tecnológicas a serem utilizadas no processo de ensino e aprendizagem
A grande maioria fica apenas na formação inicial, cursos de licenciatura. Consequentemente a falta de preparo dos profissionais da educação afeta toda a estrutura educacional.
Por outro lado temos a questão da falta de valorização profissional. Mas a valorização só ocorrerá quando a maioria dos educadores tiver consciência da importância do seu papel na sociedade. Eles precisam estar mais bem preparados para reivindicar melhores condições de trabalho.
Para buscar melhores condições de trabalhos os educadores precisam ser mais eficientes. Mostrar para a sociedade a importância da educação para seus filhos. O trabalho é bastante desafiador, mas não é impossível. Se for realizado um trabalho de conscientização da comunidade escolar, poder-se-á ter um grande aliado na luta da valorização da educação. Para obter apoio e interferir positivamente na vida dos educandos isto é fundamental. Creio que o caminho seja o de oferecer educação de qualidade aos alunos. Aliar-se à comunidade em que a escola está inserida e não ficar alheia à realidade do contexto educacional.
A partir do momento em que os educadores estão mais preparados eles se fortalecem profissionalmente e têm uma chance maior de alcançar suas reivindicações. A única forma de crescimento profissional é a capacitação constante. A atualização dos estudos. Não se pode parar no tempo.
Sabe-se que as novas tecnologias estão cada vez mais presentes no dia a dia. Os alunos se identificam com as novas formas de comunicação oferecidas atualmente como blog, MSN, e-mail, skype e outras redes sociais. Muitos possuem uma página no Orkut. Muitas vezes eles não possuem computadores em casa, mas buscam o acesso através das Lan houses e até mesmo na casa dos colegas.
A escola pode oferecer este acesso e aproveitar da empolgação dos educandos para orientá-los em sua formação. Ela deve aproveitar esta nova tecnologia como auxilio no processo de aprendizagem, promovendo a interação buscando uma aprendizagem significativa. A formação do sujeito está estritamente relacionada ao ambiente em que ele vive, com as pessoas com as quais se relaciona. A aprendizagem decorre a partir da possibilidade de identificação dos conceitos construídos na escola com a realidade em que o educando está inserido.
Mas para que a inclusão dessas novas tecnologias ocorra de forma a facilitar o processo de ensino e aprendizagem é necessário que o professor tenha pleno conhecimento das possibilidades que elas oferecem e usufrua de forma inovadora destas ferramentas facilitando seu trabalho e despertando no educando o prazer de aprender.